• Fieg aponta melhora no mercado de trabalho com recuo do desemprego

    Publicado em 27.10.2021 às 18:51

    A Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg) aponta relativa melhora no mercado de trabalho, com base nos dados divulgados hoje (27/10) pelo IBGE em sua Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD). No trimestre móvel encerrado em agosto/2021, a taxa de desocupação foi de 13,2%, queda de 1,4 ponto porcentual frente ao trimestre imediatamente anterior, e 1,3 ponto porcentual abaixo do observado no mesmo trimestre do ano passado.

    “Esse dado vem num bom momento e traz um acalento ao turbulento cenário econômico”, afirma o presidente da Fieg, Sandro Mabel. Conforme apurado pela pesquisa, nesse trimestre 3,5 milhões de pessoas entraram na categoria de população ocupada e, com isso, o nível de ocupação manteve-se acima dos 50%.

    Por grupamento de atividades, na indústria geral foram 578 mil pessoas a mais ocupadas na comparação com o trimestre anterior, um crescimento de 5,3%. Na construção, o aumento foi de 10%, com 620 mil pessoas a mais.

    “Traçando um paralelo com o relatório do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), no mesmo trimestre (jun-ago/2021), a indústria geral obteve saldo positivo de quase 180 mil novas vagas, resultado de 851 mil admissões contra 671 mil desligamentos. Relembrando que o Caged só considera emprego com carteira assinada, enquanto a PNAD inclui qualquer forma de vínculo empregatício”, pontua a assessora econômica da Fieg, Januária Guedes.

    Em Goiás, ainda nesse trimestre, foram abertas 9.143 novas vagas na indústria geral, sendo que a indústria de transformação foi responsável por 89% do total dessas vagas (8.107). Destaque no levantamento, o setor de fabricação de produtos alimentícios registrou 2.128 novos postos de trabalho.

    Para o presidente da Fieg, Sandro Mabel, esse comportamento de contratações pelo setor industrial, mesmo diante de um cenário econômico desfavorável (aumento dos juros, aumento da inflação, queda do poder aquisitivo), mostra a resiliência dos empresários e boas expectativas na melhora da economia no curto prazo.

    Segundo Januária Guedes, a indústria no contexto nacional vem sinalizando uma retomada, ainda que lenta, após os impactos econômicos da pandemia da Covid-19. “Em Goiás, os números da indústria ainda estão negativos, mas as perspectivas são promissoras e, mesmo que o setor não recupere totalmente as perdas acumuladas, espera-se que o consolidado do ano seja positivo”, avalia.

    DADOS PNAD CONTÍNUA – TRIMESTRE MÓVEL  (JUNHO – AGOSTO /2021)

      Taxa de desocupação: 13,2%

    o ¯ queda de 1,4 p.p. na comparação com o trimestre anterior (14,6%)

    o ¯ queda de 1,3 p.p. na comparação com o mesmo trimestre móvel de 2020 (14,4%)

      População desocupada: 13,7 milhões

    o ¯ 7,7% em relação ao trimestre anterior (menos 1,1 milhão de pessoas desocupadas)

    o ↔ estável na comparação com o mesmo trimestre móvel de 2020

      População ocupada: 90,2 milhões

    o ↑ 4,0% frente ao trimestre móvel anterior (mais 3,5 milhões de pessoas)

    o ↑ 10,4%, em relação ao mesmo trimestre móvel do ano passado (mais 8,5 milhões de pessoas)

    A pesquisa completa pode ser acessada em:
    https://biblioteca.ibge.gov.br/index.php/biblioteca-catalogo?view=detalhes&id=73086