• Fieg, Sebrae e Prefeitura juntos para tornar Goiânia a capital da moda

    Publicado em 29.10.2021 às 05:13

    Um setor que movimenta R$ 187 bilhões/ano no Brasil e emprega em Goiás, somente na região da 44, cerca de 160 mil pessoas. Essa é a fotografia do setor de moda, um dos pilares considerados estratégicos pela Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg) para o crescimento econômico, sobretudo para geração de emprego e renda na capital e municípios do interior. De olho nessa vocação, a *Câmara Setorial da Moda (Casmoda)* da Fieg apresentou quinta-feira (28/10), na Casa da Indústria, planejamento estratégico que prevê ações para o fomento e fortalecimento da atividade em todo o Estado. A reunião presencial contou com presença do prefeito de Goiânia, Rogério Cruz; do secretário estadual de Indústria e Comércio, Joel Sant’anna Braga Filho; secretários municipais e lideranças empresariais.

    O projeto, que prevê ações coordenadas pela Fieg com apoio do Sebrae, vai estimular eixos estruturantes do setor, como Inovação e tecnologia, Pesquisa e desenvolvimento, Acesso a mercado e eventos, Arranjos produtivos (APL), desenvolvimento do Selo da Moda Goiana, Formação e Desenvolvimento das empresas e Captação de recursos e investimentos. As ações envolverão comitês multissetoriais, com participação de instituições do Sistema S (Senai e IEL), universidades, fundações de pesquisa e secretarias municipais de Goiânia e Secretaria de Indústria e Comércio de Goiás.

    “Queremos tornar Goiânia a capital da moda do Brasil, transformando-a no maior polo distribuidor de moda do País”, afirmou o prefeito *Rogério Cruz*. O gestor ressaltou a importância da parceria com o setor produtivo e citou que estão sendo estudadas políticas públicas com vantagens competitivas para que os empreendedores do segmento possam avançar com suas atividades no município.

    Nesse sentido, a secretária municipal de Relações Institucionais, *Valéria Pettersen*, destacou a parceria com a Casmoda e anunciou projeto da Prefeitura de Goiânia que será voltado à revitalização da Região da 44 e de outros importantes polos de confecção da capital. “Queremos intensificar o turismo de negócios e atrair investimentos. Para tanto, prevemos ações em infraestrutura urbana, com implantação de ruas inteligentes nos polos atacadistas, além de atuação voltada para incentivar a moda como um todo, não só roupas, mas acessórios, calçados e cosméticos”, explicou.

    O secretário estadual de Indústria e Comércio, *Joel Sant’anna*, reafirmou a parceria do Estado com o desenvolvimento do setor e ressaltou a importância do segmento na geração de emprego e renda, sobretudo a participação do empreendedorismo feminino e empregabilidade da mulher. O gestor mencionou ainda o projeto Cinturão da Moda, idealizado pelo governo estadual para fomento da atividade. “O setor é estratégico na geração de empregos no Estado. Estamos prontos para agir em conjunto e ansiosos pela retomada econômica. Com a expertise da Fieg, Senai e Sebrae vamos avançar”.

    Anfitrião do evento, o presidente da Casmoda, *José Divino Arruda*, destacou ações que já estão sendo desenvolvidas pela Câmara, em parceria com o Sindicato das Indústrias do Vestuário no Estado de Goiás (Sinvest), em municípios do interior e que agora, com a parceria com a Prefeitura de Goiânia, serão também intensificadas na capital. “O projeto Confecciona Mais Municípios Goianos já chegou a 16 cidades do interior. Em Campos Verdes, a iniciativa já atraiu cinco empresas, gerando cerca de 300 empregos e, em Santa Helena, já são 870 pessoas empregadas, número que deve chegar a 1000 empregos até o final do ano”.

    Na capital, José Divino explica que está sendo estruturada, em parceria com a prefeitura, a ação Goiânia Tá na Moda, com foco nos polos atacadistas, além de projeto que propõe escalonamento de descontos no IPTU para empresas do setor, de acordo com a quantidade de empregos gerados pelo negócio. “Buscamos convergir as petições das 34 entidades que compõem a Casmoda. A Câmara não é somente Fieg, mas de todos que participam. Essa união traz força para o setor”, avalia.

    Também presente no evento, o vice-presidente da Fieg *Flávio Rassi* considerou o momento um marco para a indústria da moda em Goiás. “O setor é um dos pilares estratégicos da atual gestão da federação, justamente pela capilaridade na geração de empregos, inclusão de mulheres no mercado de trabalho e pujança econômica”, disse, ao considerar a importância de se adotar políticas públicas que apoiem os empreendedores do setor, que foi um dos mais afetados no ano passado pelos decretos de enfretamento à pandemia, ficando meses com as portas fechadas.

    A reunião de retomada da Casmoda foi acompanhada pelo vice-presidente da Fieg *André Rocha*; pela primeira-dama de Goiânia, *Telma Cruz*; pelo deputado estadual *Chico KGL*; pelo presidente da Agência Municipal de Turismo, Eventos e Lazer (Agetul), *Valdery Júnior*; pelo presidente do Sindicato das Indústrias de Calçados no Estado de Goiás (Sindicalce), *Elvis Roberson*; pelos superintendentes *Igor Montenegro* (Fieg), *Paulo Vargas* (Senai) e *Humberto Oliveira* (IEL); e pela gerente sindical da Fieg, *Denise Resende*.

    *ALGUNS INDICADORES DO SETOR DE MODA*

    ✅ Brasil possui a maior cadeia têxtil completa do Ocidente: 67 mil indústrias, que empregam diretamente mais de 1 milhão de funcionários.

    ✅ Estimativa da Associação Brasileira da Indústria Têxtil (ABIT) é de crescimento de 13% do mercado da moda no Brasil no biênio 2021/2022.

    ✅ Goiás possui 3.647 indústrias dos segmentos têxtil, vestuário, acessórios, preparação do couro, calçados e cosméticos, gerando 31.289 empregos diretos.

    ✅ Goiás é o 3º maior produtor de algodão do País e está entre os 3 maiores polos atacadistas do Brasil.

    ✅ Os principais polos da indústria da moda em Goiás estão em: Goiânia, Aparecida de Goiânia, Trindade, Jaraguá, Anápolis, Inhumas, Jataí, Rio Verde, Pontalina, Catalão e Itaguaru.

    ✅ A Região da 44 é a maior empregadora do Estado, com cerca de 14 mil lojas e de 160 mil empregos diretos, além de milhares de indiretos provenientes da venda de matérias-primas, lavanderias, facções, rede hoteleira e diversos outros serviços relacionados ao polo de confecções.