• 85% das pequenas empresas goianas estão em atuação, indica pesquisa do Sebrae

    Publicado em 22.12.2021 às 06:48

    Em 2021, o Sebrae Goiás otimizou esforços, ampliando sua rede de parceiros, para estar ao lado dos empreendedores, oferecendo apoio a quem precisa. A pesquisa do Observatório Sebrae, feito no terceiro trimestre de 2021, mostra 85% das microempresas e empresas de pequeno porte (MPEs) em Goiás estão operando no mercado, gerando trabalho e contribuindo com a economia goiana.
    Levantamento revela ainda que 59% estão funcionando com mudanças por causa da crise; 9% tiveram o funcionamento interrompido temporariamente e 6% decidiram fechar a empresa de vez. 
    Os três setores que continuaram em atividade, mesmo diante da pandemia, são oficina e autopeças com 40%; indústria com 37% e saúde com 36%. 
    Entre os que estão funcionando com mudanças por causa da crise, sobressaem as academias e demais negócios de atividades físicas com 73%; educação com 71% e beleza com 70%. 
    Entretanto, a proporção de empresas com queda no faturamento reduziu ao menor patamar da série história das pesquisas. Sendo que, 71% das empresas apresentaram queda no faturamento, se comparado ao período antes da pandemia. A redução média do faturamento entre as que apresentaram queda foi de 34% e apenas 12% tiveram aumento no faturamento. 
    O Diretor-superintendente do Sebrae Goiás, Antônio Carlos de Souza Lima Neto, ressaltou porque é tão importante a recuperação das pequenas empresas. Somente em Goiás, elas são responsáveis por 83% dos empregos gerados. Índice maior que o nacional que é de 79%. 
    No Brasil existem cerca de 20 milhões de pequenos negócios ativos e formalizados, sendo que, 6634 mil estão em Goiás e 212 mil em Goiânia. 
    Segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged/Ministério do Trabalho), de janeiro a outubro deste ano, foram gerados 88.457 novos postos de trabalho em Goiás. Além disso, Antônio Carlos aponta que, 55% da massa salarial do estado está nas pequenas empresas. “As empresas tiveram que se adaptar, se reorganizar e se ajustar para enfrentar o novo cenário pandêmico. Não foi fácil, mas os números mostram vontade e a necessidade de superação fizeram a diferença”, enfatizou. 
    Bares e restaurantes
    Uma das cadeias produtivas mais afetadas pela pandemia em Goiás foi o turismo, assim como em todo o País. De acordo com dados do Observatório Sebrae, 21% das MPEs tiveram o funcionamento interrompido temporariamente pela pandemia e centenas fecharam as portas porque não conseguiram sustentar a falta de consumidores. 
    O presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel/Goiás), Danilo Ramos, cujos empresas foram afetadas pela falta de clientes, disse que 2021 começou com 95% das empresas sem conseguir saldar a folha de pagamento, que é a principal despesa desse tipo de negócio. “Hoje a situação é um pouco mais confortável, nos encontramos com 30% dos empreendedores com dificuldades para pagar essa dívida. A gente teve uma melhora que está totalmente relacionada com flexibilização das atividades, porém o que mais pesa, neste momento, ainda é o endividamento. Mas há muito otimismo na, relatou Danilo. 
    Expectativa 
    Superintendente do Sebrae, Antônio Carlos, enfatizou que para 2022 espera números melhores do que os atuais, apesar do cenário apontar para inflação e juros altos. “Ao mesmo tempo em que as medidas foram tomadas, ainda temos um alto índice de desemprego. O trabalho do Sebrae vai promover o desenvolvimento dos empreendedores e fortalecer os pequenos negócios. Como consequência, vamos gerar mais emprego e renda. É um passo de cada vez”, completou Antônio Carlos.
    Para 2022, o Diretor de Administração e Finanças do Sebrae Goiás, João Carlos Gouveia, prevê que haverá a consolidação dessas empresas que não fecharam, crescimento das que tiveram o funcionamento interrompido e, conforme o ambiente econômico do país, a expectativa é que muitos CNPJs sejam abertos em Goiás e no Brasil. 
    O Diretor Técnico, Marcelo Lessa, fez a mesma projeção. Ele disse que vislumbra para o próximo ano, um cenário muito melhor para as MPEs, assim como para toda economia brasileira. 
    O Sebrae Goiás atuou em conjunto com as 13 entidades que compõem o Conselho Deliberativo Estadual (CDE), além de outras instituições. Exemplo de ação conjunta foi para garantir crédito assistido e orientado para os empreendedores, como é o caso da Agência GoiásFomento, Sociedade Garantidora de Crédito (SGC) e Sistema Sicoob/Sicred. 
    Em outros assuntos, como agronegócio, turismo, educação empreendedora e desenvolvimento de lideranças municipais, Sebrae ampliou seu leque de atuação junto com os Sistema Faeg/Senar e Sindicatos Rurais, Agência Goiás Turismo, Secretarias Estadual e Municipais de Educação e Prefeituras Municipais.(Karine Rodrigues, Sebrae-GO)