Plano Diretor põe fim às Áreas de Proteção Permanentes, denuncia arquiteta
O relatório do Plano Diretor aprovado na Comissão Mista da Câmara Municipal de Goiânia nesta quarta-feira (5) prevê no artigo 138, parágrafo 10, a descaracterização das Áreas de Proteção Permanentes (APP) “nas unidades imobiliárias lindeiras e contíguas ao sistema viário implantado e consolidado ao longo dos córregos, rios e demais cursos d’água”. Participaram da votação 14 vereadores, com apenas um voto contrário, do vereador Mauro Rubem (PT).
Em entrevista à Sagres, a presidente da Associação para Recuperação e Conservação Ambiental (ARCA), a arquiteta e urbanista Maria Ester, afirmou que isso é inédito. “Isso significa que podem chegar e construir um prédio na Marginal Botafogo, por exemplo. E tem a Marginal Cascavel sendo executada, ou seja, vai destruir qualquer possibilidade que resta de APP no Córrego Cascavel e tem o Botafogo chegando lá na nascente dele, no Jardim Botânico sendo aberto um corredor para o local. Isso é algo sem condição, que vai destruir a nossa qualidade mínima ambiental da cidade”, alertou a arquiteta.Ouça a entrevista completa:
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