• Parlamentares podem direcionar até R$ 8 bi no Orçamento para combate ao coronavírus

    Publicado em 20.03.2020 às 21:12

    O reconhecimento do estado de calamidade pública no País em decorrência da pandemia de coronavírus permitiu ao governo federal autorizar nesta sexta-feira (20) a liberação do montante integral de emendas parlamentares impositivas individuais e de bancada estadual. Com isso, deputados e senadores poderão alterar a prioridade na destinação dos recursos.

    Em videoconferência com empresários nesta tarde, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que os recursos envolvidos chegariam a cerca de R$ 8 bilhões. Esse montante corresponde à soma das emendas individuais e de bancada estadual que, inicialmente, seriam liberadas para a saúde. Com o estado de calamidade pública, a ideia é antecipar a execução.

    Em nota, a Secretaria de Governo da Presidência da República informou que antecipará, para o final deste mês, a possibilidade de o parlamentar remanejar total ou parcialmente as emendas individuais obrigatoriamente destinadas à saúde. Neste ano, cada deputado ou senador apresentou R$ 15,9 milhões em emendas individuais, sendo 50% para a saúde.

    No caso das bancadas estaduais, também será antecipada possibilidade de mudar a natureza da despesa nas emendas impositivas para a saúde, de investimento (GND 4) para custeio (GND 3). Ainda será definida uma data, segundo a Secretaria de Governo.

    Antecipação
    “As ações envolvem a alteração da destinação inicial, ou seja, o parlamentar poderá realocar o recurso de um ministério para o da Saúde”, explicou a Secretaria de Governo. Além disso, as emendas para o Ministério da Saúde deverão ser pagas primeiramente.

    Será antecipado o cronograma de utilização desses recursos a fim de auxiliar estados e municípios nas políticas públicas de apoio à população e de combate ao Covid-19. “Essa ação é resultado do trabalho do Executivo em parceria com o Legislativo e corroborado pelos líderes do governo na Câmara, no Senado e no Congresso”, conclui a nota.

    Fonte: Agência Câmara de Notícias