• Prorrogado estado de alerta para barragens em Minas, Rio, Goiás e ES

    Publicado em 27.01.2020 às 20:54

    A Agência Nacional de Mineração (ANM) estendeu até o dia 31 de janeiro o estado de alerta para as empresas que têm barragens de mineração nos estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro, Goiás e Espírito Santo, emitido na última quinta-feira (23), com data de encerramento no sábado (25). A medida foi tomada após a agência receber dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) com a previsão de tempo. Novas previsões do instituto indicam que ainda haverá fortes chuvas nesses estados nos próximos dias.

    “A maior intensidade de precipitação deve ocorrer na região centro norte de Goiás, regiões litorâneas do Espírito Santo, região centro-sul de Minas Gerais e região serrana do Rio de Janeiro. Os fiscais da ANM pedem que as equipes de segurança de barragens se mantenham em alerta com monitoramento diário das condições das estruturas – em especial do estado de conservação – além de manter atenção especial às tomadas d’agua dos vertedouros, para garantir a capacidade vertente de acordo com o projeto”, informou a agência.

    Em caso de detecção de qualquer anormalidade, a agência determina que as empresas acionem o Plano de Ação de Emergência para Barragens de Mineração (PAEBM). Além disso, também devem informar, imediatamente, o Sistema Integrado de Gestão de Segurança de Barragens (SIGBM).

    Monitoramento

    Na última sexta-feira (24), a agência lançou uma versão pública do SIGBM, antes acessível apenas para as empresas e os fiscais da ANM. A ferramenta permite o acompanhamento em tempo real de como está a situação das 816 barragens de mineração no país. Entre as informações disponíveis, estão a categoria de risco, altura, volume e método construtivo da barragem, dano potencial, entre outros.

    Para realizar a consulta é necessário inserir algumas informações sobre a barragem, como nome e CNPJ da empresa, estado e município em que se localiza, tipo de rejeito armazenado, estado de conservação, se ela está inserida no Plano Nacional de Segurança de Barragem (PNSB) ou se tem Plano de Ação Emergencial (PAE). É possível também fazer comparações entre barragens por regiões, estados ou municípios, gerar gráficos, tabelas e estatísticas e até ver uma imagem da barragem. (Por  Luciano Nascimento – Repórter da Agência Brasil)