Debate sobre medidas para evitar recessão econômica domina sessão do Congresso
No início da sessão do Congresso Nacional para votar vetos presidências que trancam a pauta, os caminhos para evitar a recessão econômica no Brasil dominaram os debates.
Para a senadora Simone Tebet (MDB-MS), o presidente Jair Bolsonaro deve enviar ao Congresso as pautas prioritárias em relação à pandemia do coronavírus e projetos econômicos relevantes, como a reforma tributária, para enfrentar a crise nacional e internacional.
De acordo com a parlamentar, os presidentes das duas Casas do Congresso já sinalizaram boa vontade ao presidente da República. “Ou nos damos as mãos ou nos perderemos todos, inclusive o Brasil”, disse. Ela salientou que a instituição mais democrática do Brasil é o Congresso Nacional, que tem que ser defendido.
A visão do deputado Vanderlei Macris (PSDB-SP) é semelhante. “Podemos ter recessão em 2020, mas temos condições de caminhar em direção contrária se o presidente da República assumir a articulação política, e não criar tensões”, disse. Para ele, Jair Bolsonaro deve chamar para conversa os presidentes das duas Casas do Congresso para que possam definir de forma conjunta o que vão fazer para enfrentar as dificuldades.
Políticas anticíclicas
O senador Esperidião Amin (PP-SC) acredita que o Congresso tem que discutir o que o Brasil tem que fazer para não mergulhar na recessão. “Não se pode pensar só em repressão e contenção, e sim em políticas anticíclicas, como todo os países do mundo vêm fazendo”, disse. “O Brasil precisa voltar a investir, para que o Brasil não perca o saudável impulso de crescimento que retomou. É saudável, mas insuficiente”, completou.
Na visão de Henrique Fontana (PT-RS), a política econômica de Paulo Guedes já não estava funcionando em 2019, e a prova da estagnação seria o crescimento tímido do PIB. Ele também defende medidas anticíclicas, para enfrentar a desigualdade social e de desemprego.
“Chega de fanatismo liberal anti-Estado”, disse. Na visão dele, é preciso retomar investimentos públicos e disponibilizar crédito suplementar imediato – fora do teto de gastos – para a saúde pública, de forma a preparar o País para enfrentar o coronavírus.
Ivan Valente (Psol-SP) lamentou que o governo ainda não tenha enviado uma proposta de reforma tributária. Para ele, uma reforma poderia promover justiça tributária se taxasse, por exemplo, grandes heranças, de forma a aumentar a arrecadação.
Fonte: Agência Câmara de Notícias