Escolas de samba do Brasil recusam Carnaval se não houver vacina

Publicado em 14.07.2020 às 21:52

Várias escolas de samba do Rio de Janeiro recusam-se a desfilar no Carnaval de 2021 se ainda não estiver disponível uma vacina contra o novo coronavírus, noticia o jornal brasileiro O Globo.

As escolas de samba Mangueira, Imperatriz Leopoldinense, Vila Isabel, Beija-Flor e São Clemente, cinco das 12 principais da capital carioca, adiantaram ao jornal que vão votar a favor do adiamento dos desfiles numa reunião com dirigentes das escolas de samba da cidade, marcada para esta terça-feira.

“É simples, se a vacina não chegar [a tempo do Carnaval, em fevereiro de 2021], não haverá samba. Como podemos reunir multidões sem imunidade coletiva?”, disse o presidente da escola São Clemente, Renatinho Gomes.

O prefeito de Salvador, capital da Bahia que organiza uma festa importante de Carnaval que atraem milhares de turistas, propôs um adiamento do Carnaval em todo o país para abril ou junho, mas os líderes das escolas de samba continuam céticos.

“Sem uma vacina é impossível organizar o Carnaval, independentemente da data, em fevereiro ou junho”, disse Fernando Fernandes, presidente da Vila Isabel, que teme que uma decisão judicial possa cancelar as festividades no país em cima da hora.

“Existe o risco de fazermos pesados investimentos e ver a curva de contaminação subir novamente mais tarde, o que pode levar o sistema judicial a suspender os desfiles”, acrescentou o dirigente da Vila Isabel.(RTP, emissora pública de Portugal)