Gestão financeira da Prefeitura de Goiânia vira referência no País

Publicado em 17.02.2021 às 13:12

O sistema de fluxo financeiro, ferramenta estratégica adotada pela Prefeitura de Goiânia para alcançar o equilíbrio fiscal, na gestão de Rogério Cruz (Republicanos), vem chamando a atenção de outros municípios do País.  Uma comitiva de São Caetano do Sul (SP) vem à cidade no mês de abri para conhecer a plataforma, que também atraiu Campinas e Ribeirão Preto. 

O primeiro diálogo sobre o assunto ocorreu por meio de plataforma virtual, na sexta-feira passada, entre os secretários de Finanças de Goiânia, Alessandro Melo, e da Fazenda de São Caetano do Sul, Jefferson Cirne da Costa. “Apresentamos o conceito básico do fluxo financeiro e conversamos sobre como funciona. 

A comitiva virá em abril para conhecer o sistema de forma mais aprofundada e para participar de uma reunião de fluxo, que ocorre uma vez por mês”, explica o secretário Alessandro Melo. O superintendente do Tesouro, Eduardo Scarpa, e a secretária executiva, Letícia Vila Verde, também participaram das discussões.  

“A comitiva virá à cidade em busca de conhecimento sobre como o fluxo aplicado à gestão pública contribui para o planejamento, o desenvolvimento da capacidade antecipatória, como Goiânia se preparou e conseguiu desenvolver eficientes mecanismos de gestão de crise”, pontua Alessandro. O fluxo financeiro, inclusive, é objeto de estudo do Institute of Global Innovation da Universidade de Birmingham, na Inglaterra, em parceria com a Universidade de São Paulo (USP). A Capital e outras três cidades do País – São Paulo, Recife e Manaus – integram o projeto Financial Resilience of Contemporary Cities (Resiliência Financeira em Cidades Contemporâneas), que coleta experiências bem-sucedidas e também dificuldades na gestão financeira de municípios.  

Austeridade fiscal 
Os pesquisadores concentram as atenções nas medidas de austeridade fiscal, na criação de fluxo financeiro e no Programa de Automação de Gestão (Page), medidas definitivas para que Goiânia colocasse fim ao déficit de quase R$ 31 milhões por mês e, em um intervalo de apenas dois anos, se tornasse superavitária. 

Além das universidades do Reino Unido e de São Paulo, de forma global, integram a proposta pesquisadores das universidades Alpen-Adria de Klagenfurt, na Áustria; Paris-Dauphine, na França; do Estado do Rio de Janeiro (UERJ); Federal do Pará (UFPA); Fundação Getúlio Vargas (FGV), e especialistas em governança do setor público do Public Sector Accounting & Governance in Brazil.